Blog “Tudo Sobre Músicas”, de autoria de Superdotado
Álaze Gabriel.
Disponível em http://tudo-sobremusicas.blogspot.com.br/
MÚSICA
Por definição, música é a arte de combinar os sons
e seu oposto, o silêncio, dentro de um determinado espaço de tempo. Entretanto
este som apresenta várias particularidades chamadas de 'propriedades do som'.
As propriedades do som são:
Tempo - É o que determina a duração do som. Este som pode
ser mensurado (medido) e tocado de acordo com as necessidades da execução do
texto musical.
Altura - É o que determina se o som pode ser agudo (mais
fino), médio ou grave (mais grosso). Ela é determinada por sinais que são o
pentagrama (conjunto de 5 linhas utilizado para escrever as notas) e a clave
(que determina o posicionamento das notas no pentagrama). Trabalhamos com sons
determinados chamados de notas musicais. Essas notas recebem um nome
(latino) em nosso país: do, re, mi, fá, sol, lá e si.
Intensidade - É o que determina o volume da música. Essa
intensidade pode ser forte ou fraca. Para determinar um volume mais alto,
dizemos que a intensidade é 'forte'. Para determinar um volume mais baixo,
utilizamos o termo em italiano 'piano', ou seja, mais baixo. Existem várias
graduações para a intensidade que vão do mais fraco ao mais forte: ppp, pp, p,
mp, mf, f, ff, fff.
Timbre - É o que nos permite reconhecer qual
instrumento está tocando. Todos os instrumentos podem produzir as notas
musicais porém, as caracteristicas da emissão do som são inerentes ao timbre.
Essas propriedades formarão as
características do discurso musical escritos ao longo da partitura e são
chamados de elementos da música. Elementos da música:
MELODIA: É a sucessão de diversos sons com alturas
diversas dando a idéia do discurso musical, ou seja, o que nos faz reconhecer a
música.
RITMO: É a variação do tempo de cada som indicada
pelas figuras ritmicas e pelo compasso.
DINÂMICA: A dinâmica refere-se à intensidade da música, ou
seja, o seu volume.
TIMBRE: Vem escrito logo no início da partitura, ou seja,
para qual instrumento ou voz que a música foi escrica.
ANDAMENTO: É a velocidade do pulso ou do ritmo aplicado à
uma determinada música ou trecho musical.
HARMONIA: É o conjunto de sons tocados simultâneamente ao
longo do discurso musical. Basicamente, um conjunto de sons é chamado de
'acorde' e a sucessão e combinação desses acordes, harmonia. O estudo da
harmonia é um dos mais fascinantes.
MÚSICA
A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne,
a arte das musas)[1] é uma forma de arte que se constitui
basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.[2]
É considerada por diversos autores
como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma
civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias.
Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada
como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal
função.
A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição
de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai
desde composições fortemente organizadas (e a sua recriação na performance), música improvisada
até formas aleatórias. A musica pode ser dividida em gêneros e subgêneros,
contudo as linhas divisórias e as relações entre géneros musicais são muitas
vezes sutis, algumas vezes abertas à interpretação individual e ocasionalmente
controversas. Dentro das "artes", a música pode ser
classificada como uma arte de representação,
uma arte sublime, uma arte de espetáculo.
Para indivíduos de muitas culturas, a
música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao longo dos
anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas
também como a militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central
em diversas atividades coletivas, como os rituais religiosos[3], festas
e funerais.
Há evidências de que a música é conhecida
e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons
da natureza tenha despertado no homem, através do
sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na
organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu
desenvolvimento de forma precisa, a história da música
confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.[4]
DEFINIÇÃO
Concerto (1485-95), a Musica chegou no Brasil há muito tempo
atras quadro a óleo de Lorenzo Costa
(m. 1535).
Definir a música não é tarefa fácil porque
apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar
um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que
qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som
e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre
fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já
evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Como "arte do efêmero", a
música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil
enquadrá-la em um conceito simples.
A música também pode ser definida como uma
forma linguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros
artifícios, para expressar algo à alguém. Recreação, desenho em mural
por Charles Sprague Pearce.
Um dos poucos consensos é que ela consiste
em uma combinação de sons e de silêncios, numa sequência simultânea ou em
sequências sucessivas e simultâneas que se desenvolvem ao longo do tempo.
Neste sentido, engloba toda combinação de elementos sonoros destinados a serem
percebidos pela audição. Isso
inclui variações nas características do som (altura, duração, intensidade e timbre)
que podem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou simultaneamente (harmonia).
Ritmo, melodia e harmonia são entendidos aqui apenas em seu sentido de
organização temporal, pois a música pode conter propositalmente harmonias
ruidosas (que contém ruídos ou sons externos ao tradicional) e arritmias
(ausência de ritmo formal ou desvios rítmicos).
E é nesse ponto que o consenso deixa de
existir. As perguntas que decorrem desta simples constatação encontram
diferentes respostas, se encaradas do ponto de vista do criador (compositor), do executante (músico), do historiador, do filósofo, do antropólogo, do linguista ou do amador. E as perguntas são muitas:
·
Toda combinação de
sons e silêncios é música?
·
Música é arte?
Ou de outra forma, a música é sempre arte?
·
A música existe
antes de ser ouvida? O que faz com que a música seja música é algum aspecto
objetivo ou ela é uma construção da consciência e da percepção?
Cariocas jogam
entrudo durante o Carnaval do
Rio de Janeiro em 1822, por Augustus Earle.
Mesmo os adeptos da música aleatória,
responsáveis pela mais recente desconstrução e reformulação da prática musical,
reconhecem que a música se inspira sempre em uma "matéria sonora",
cujos dados perceptíveis podem ser reagrupados para construir uma "matéria
musical", que obedece a um objetivo de representação
próprio do compositor, mediado pela técnica. Em qualquer
forma de percepção, os
estímulos vindos dos órgãos dos sentidos precisam ser interpretados pela pessoa
que os recebe. Assim também ocorre com a percepção musical,
que se dá principalmente pelo sentido da audição. O ouvinte não pode alcançar a totalidade
dos objetivos do compositor. Por isso reinterpreta o "material
musical" de acordo com seus próprios critérios, que envolvem aquilo que
ele conhece, sua cultura e seu estado emocional.
Da diversidade de interpretações e também
das diferentes funções em que a música pode ser utilizada se conclui que a
música não pode ter uma só definição precisa, que abarque todos os seus usos e gêneros. Todavia, é possível apresentar algumas
definições e conceitos que fundamentam uma "história da música"
em perpétua evolução, tanto no domínio do popular, do tradicional,
do folclórico ou do erudito.
O campo das definições possíveis é na
verdade muito grande. Há definições de vários músicos (como Mozart,
Beethoveen,
Schönberg, Stravinsky, Varèse, Gould, Jean Guillou, Boulez, Berio e Harnoncourt),
bem como de musicólogos
como Carl Dalhaus, Jean Molino, Jean-Jacques Nattiez, Célestin Deliège, entre
outros. Entretanto, quer sejam formuladas por músicos, musicólogos ou outras
pessoas, elas se dividem em duas grandes classes: uma abordagem intrínseca,
imanente e naturalista contra uma outra que a considera antes de tudo uma arte
dos sons e se concentra na sua utilização e percepção.
A ABORDAGEM NATURALISTA
De acordo com a primeira abordagem, a
música existe antes de ser ouvida; ela pode mesmo ter uma existência autônoma
na natureza e pela natureza. Os adeptos desse conceito afirmam que, em si
mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-la sim.
Enquanto ouvir música possa ser um lazer e aprendê-la e entendê-la seja fruto
da disciplina, a música em si é um fenômeno natural e universal. A teoria da
ressonância natural de Mersenne e
Rameau vai neste sentido, pois ao afirmar a natureza matemática das relações
harmônicas e sua influência na percepção auditiva da consonância e dissonância,
ela estabelece a preponderância do natural sobre a prática formal. Consideram
ainda que, por ser um fenômeno natural e intuitivo, os seres humanos podem
executar e ouvir a música virtualmente em suas mente
sem mesmo aprendê-la ou compreendê-la. Compor, improvisar e executar são formas
de arte que utilizam o fenômeno música.
Sob esse ponto de vista, não há a
necessidade de comunicação ou mesmo da percepção para que haja música. Ela
decorre de interações físicas e prescinde do humano.
A ABORDAGEM FUNCIONAL, ARTÍSTICA E ESPIRITUAL
Alegoria
da Música, por Filippino Lippi.
Para um outro grupo, a música não pode
funcionar a não ser que seja percebida. Não há, portanto, música se não houver
uma obra musical
que estabelece um diálogo entre o compositor e o ouvinte. Este diálogo funciona
por intermédio de um gesto musical formante (dado pela notação) ou
formalizado (por meio da interpretação). Neste grupo há quem defina música como
sendo "a arte de manifestar os afetos da alma, através do som"
(Bona). Esta expressão informa as seguintes características: 1) música é arte:
manifestação estética, mas com especial intenção a uma mensagem emocional; 2)
música é manifestação, isto é, meio de comunicação, uma das formas de linguagem
a ser considerada, uma forma de transmitir e recepcionar uma certa mensagem,
entre indivíduos considerados, ou entre a emoção e os sentidos do próprio
indivíduo que entona uma música; 3) utiliza-se do som, é a ideia de que o som,
ainda que sem o silêncio pode produzir música, o silêncio individualmente
considerado não produz música.
Para os adeptos dessa abordagem, a música
só existe como manifestação humana. É atividade artística por excelência e
possibilita ao compositor ou executante compartilhar suas emoções e
sentimentos. Sob essa óptica, a música não pode ser um fenômeno natural, pois
decorre de um desejo humano de modificar o mundo, de torná-lo diferente do
estado natural. Em cada ponta dessa cadeia, há o homem. A música é sempre
concebida e recebida por um ser humano. Neste caso, a definição da música, como
em todas as artes, passa também pela definição de uma certa forma de comunicação entre os homens. Como não pode haver
diálogo ou comunicação sem troca de signos, para essa vertente a música é um
fenômeno semiótico.
DEFINIÇÃO NEGATIVA
Uma vez que é difícil obter um conceito
sobre o que é a música, alguns tendem a defini-la pelo que não é:
·
A música não é uma
linguagem normal. A música não é capaz de
significar da mesma forma que as línguas comuns. Ela não é um discurso verbal,
nem uma língua, nem uma linguagem no sentido da linguística (ou seja uma dupla articulação signo/significado), mas sim uma linguagem
peculiar, cujos modos de articulação signo musical/significado musical vêm
sendo estudados pela Semiótica da Música.
·
A música não é
ruído. O ruído pode ser um componente da música, assim como
também é um componente (essencial) do som. Embora a Arte dos
ruídos teorizasse a introdução dos sons da vida cotidiana na criação
musical, o termo "ruído" também pode ser compreendido como desordem.
E a música é uma organização, uma composição, uma construção ou recorte
deliberado (se considerarmos os elementos componentes do som musical). A
oposição que normalmente se faz entre estas duas palavras pode conduzir à
confusão e para evitá-la é preciso se referir sempre à ideia de organização.
Quando Varèse e Schaeffer utilizam ruídos de tráfego na música concreta ou algumas bandas de Rock
industrial, como o Einstürzende
Neubauten, utilizam sons de máquinas, devemos entender que o
"ruído" selecionado, recortado da realidade e reorganizado se torna
música pela intenção do artista.
·
A música não é
totalizante. Ela não tem o mesmo sentido para todos que a ouvem.
Cada indivíduo usa a sua própria emotividade, sua imaginação, suas lembranças e
suas raízes culturais para dar a ela um sentido que lhe pareça apropriado.
Podemos afirmar que certos aspectos da música têm efeitos semelhantes em
populações muito diferentes (por exemplo, a aceleração do ritmo pode ser
interpretada frequentemente como manifestação de alegria), mas todos os
detalhes, todas as sutilezas de uma obra ou de uma improvisação
não são sempre interpretadas ou sentidas de maneira semelhante por pessoas de classes sociais ou de culturas diferentes.
·
A música não é sua
representação gráfica. Uma partitura é um meio eficiente de
representar a maneira esperada da execução de uma composição, mas ela só se
torna música quando executada, ouvida ou percebida. A partitura pode ter
méritos gráficos ou estéticos independentes da execução, mas não é, por si só,
música.
DEFINIÇÃO SOCIAL
Por trás da multiplicidade de definições,
se encontra um verdadeiro fato social, que coloca em jogo tanto os critérios
históricos, quanto os geográficos. A música passa tanto pelos símbolos de sua
escritura (notação musical), como pelos sentidos que são atribuídos a seu valor
afetivo ou emocional. É por isso que, no ocidente, nunca parou de se estender o
fosso entre as músicas do ouvido (próximas da terra e do folclore e dotadas de uma certa espiritualidade) e
as músicas do olho (marcadas pela escritura, pelo discurso). Nossos valores
ocidentais privilegiam a autenticidade autoral e procuram inscrever a música
dentro de uma história que a liga, através da escrita, à memória de um passado
idealizado. As músicas não ocidentais, como a africana apelam mais ao imaginário, ao mito,
à magia e fazem a ligação entre a potencialidade
espiritual e corporal. O ouvinte desta música, bem como o da música folclórica
ou popular ocidental participa diretamente da expressão do que ouve, através da
dança ou do canto grupal, enquanto que um ouvinte de um concerto na tradição
erudita assume uma atitude contemplativa que quase impede sua participação
corporal, como se só a sua mente estivesse presente ao concerto. O
desenvolvimento da notação musical e a constituição artificial do sistema de temperamentos
consolidou na música, o dualismo corpo-mente típico do racionalismo cartesiano. E de tal forma esse movimento se
fortaleceu que mesmo a música popular ocidental, ainda que menos dualista, se
rendeu à sistematização, na qual se mantém até hoje.
MÚSICA: UM FENÔMENO SOCIAL
A ala de baianas da Imperatriz
Leopoldinense no carnaval 2008, Rio de
Janeiro.
As práticas musicais não podem ser
dissociadas do contexto cultural. Cada cultura possui seus próprios tipos de
música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e concepções do que é
a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as diferenças
estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em
oposição à música como arte; a concepção teatral do Concerto contra a participação festiva da música
folclórica e muitas outras.
Falar da música de um ou outro grupo
social, de uma região do globo ou de uma época, faz referência a um tipo
específico de música que pode agrupar elementos totalmente diferentes (música tradicional,
erudita, popular ou experimental).
Esta diversidade estabelece um compromisso entre o músico (compositor ou
intérprete) e o público que deve adaptar sua escuta a uma cultura que ele
descobre ao mesmo tempo que percebe a obra musical.
Desde o início do século XX, alguns musicólogos estabeleceram uma
"antropologia musical", que tende a provar que, mesmo se alguém tem
um certo prazer ao ouvir uma determinada obra, não pode vivê-la da mesma forma
que os membros das etnias aos
quais elas se destinam. Nos círculos acadêmicos, o termo original para estudos
da música genérica foi "musicologia comparativa", que foi renomeada
em meados do século XX para "etnomusicologia", que apresentou-se, ainda
assim, como uma definição insatisfatória.
Para ilustrar esse problema cultural da
representação das obras musicais pelo ouvinte, o musicólogo Jean-Jacques
Nattiez (Fondements d’une sémiologie de la musique 1976)
cita uma história relatada por Roman Jakobson em uma conferência de G. Becking,
linguista e musicólogo, pronunciada em 1932
no Círculo Línguístico de Praga:
Um
indígena africano toca uma melodia em
sua flauta de bambu. O músico europeu terá muito trabalho para
imitar fielmente a melodia exótica, mas quando ele consegue enfim determinar as
alturas dos sons, ele está certo de ter reproduzido fielmente a peça de música
africana. Mas o indígena não está de acordo pois o europeu não prestou atenção
suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma ária em outra
flauta. O europeu pensa que se trata de uma outra melodia, porque as alturas
dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro instrumento, mas
o indigena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que o mais importante
para o indígena é o timbre, enquanto que para o europeu é a altura do som. O
importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são
realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo
som, mas ele tem um valor totalmente diferente para cada um, porque as
concepções derivam de dois sistemas musicais inteiramente diferentes; o som em
música funciona como elemento de um sistema. As realizações podem ser
múltiplas, o acústico pode determiná-las exatamente, mas o essencial em música
é que a peça possa ser reconhecida como idêntica. Nattiez.
HISTÓRIA DA MÚSICA
A história da música é o estudo das
origens e evolução da música ao longo do tempo.
Como disciplina histórica
insere-se na história da arte
e no estudo da evolução cultural dos
povos. Como disciplina musical, normalmente é uma divisão da musicologia e da teoria musical. Seu estudo, como qualquer área da
história é trabalho dos historiadores,
porém também é frequentemente realizado pelos musicólogos.[5]
Este termo está popularmente associado à
história da música erudita
ocidental e frequentemente afirma-se que a
história da música se origina na música da Grécia antiga e se desenvolve através de
movimentos artísticos associados às grandes eras artísticas de tradição europeia
(como a era medieval, renascimento, barroco, classicismo, etc.). Este conceito, no entanto é
equivocado, pois essa é apenas a história da música no ocidente. A disciplina,
no entanto, estuda o desenvolvimento da música em todas as épocas e
civilizações, pois a música é um fenômeno que perpassa toda a humanidade, em
todo o globo, desde a pré-história.
Em 1957
Marius Schneider escreveu: “Até poucas décadas atrás o termo ‘história da
música’ significava meramente a história da música erudita europeia. Foi apenas
gradualmente que o escopo da música foi estendido para incluir a fundação
indispensável da música não europeia e finalmente da música
pré-histórica."
Há, portanto, tantas histórias da música
quanto há culturas no mundo e todas as suas vertentes têm desdobramentos e
subdivisões. Podemos assim falar da história da música do ocidente, mas também
podemos desdobrá-la na história da música erudita do ocidente, história da
música popular do ocidente, história da música do Brasil, história do fado e
assim sucessivamente.
TEORIA MUSICAL
Teoria musical é o nome que é dado a qualquer sistema destinado
a analisar, compreender e se comunicar a respeito da música. Assim como em
qualquer área do conhecimento, a teoria musical possui várias escolas, que podem
possuir conceitos divergentes. Sua própria divisão da teoria em áreas de estudo
não é consenso, mas de forma geral, qualquer escola possui ao menos:
·
Análise musical, que estuda os elementos do
som e estruturas musicais e também as formas musicais.
·
Estética musical,
que inclui a divisão da música em gêneros e a Crítica musical.
ANÁLISE MUSICAL
Apesar de toda a discussão já apresentada,
a música quando composta e executada deliberadamente é considerada arte por qualquer
das facções. E como arte, é criação, representação e comunicação. Para obter
essas finalidades, deve obedecer a um método de composição,
que pode variar desde o mais simples (a pura sorte
na música aleatória),
até os mais complexos. Pode ser composta e escrita para permitir a execução
idêntica em várias ocasiões, ou ser improvisada e
ter uma existência efêmera. A música dos pigmeus
do Gabão, o Rock and roll, o Jazz,
a música sinfônica, cada composição ou execução obedece a uma estética própria, mas todas cumprem os objetivos
artísticos: criar o desconhecido a partir de elementos conhecidos; manipular e
transformar a natureza; moldar o futuro a partir do presente. Grupo de música erudita apresentando algumas composições de
Mozart.
Qualquer que seja o método e o objetivo
estético, o material sonoro a ser usado pela música é tradicionalmente dividido
de acordo com três elementos organizacionais: melodia, harmonia e ritmo.
No entanto, quando nos referimos aos aspectos do som nos deparamos com uma
lista mais abrangente de componentes: altura, timbre,
intensidade e duração. Eles se combinam para criar outros
aspectos como: estrutura, textura e estilo, bem como a localização espacial (ou
o movimento de sons no espaço), o gesto e a dança.
Na base da música, dois elementos são
fundamentais: O som e o tempo.
Tudo na música é função destes dois elementos. É comum na análise musical fazer
uma analogia entre os sons percebidos e uma figura tridimensional. A sinestesia nos permite "ver" a música
como uma construção com comprimento, altura e profundidade.
O ritmo é o elemento de organização,
frequentemente associado à dimensão horizontal e o que se relaciona mais
diretamente com o tempo (duração) e a intensidade, como se fosse o contorno
básico da música ao longo do tempo. Ritmo, neste sentido, são os sons e
silêncios que se sucedem temporalmente, cada som com uma duração e uma
intensidade próprias, cada silêncio (a intensidade nula) com sua duração. O silêncio é, portanto, componente da música, tanto
quanto os sons. O ritmo só é percebido como contraste entre som e silêncio ou
entre diversas intensidades sonoras. Pode ser periódico e obedecer a uma
pulsação definida ou uma estrutura métrica, mas também pode ser livre, não
periódico e não estruturado (arritmia). Também é possível que diversos ritmos
se sobreponham na mesma composição (polirritmia). Essas são opções de composição.
Enfim é interessante lembrar que, embora pequenas variações de intensidade de
uma nota à seguinte sejam essenciais ao ritmo, a variação de intensidade ao
longo da música é antes de tudo um componente expressivo, a dinâmica musical.
A segunda organização pode ser concebida
visualmente como a dimensão vertical. Daí o nome altura dado a
essa característica do som. O mais agudo, de maior frequência, é dito mais alto. O mais grave é mais
baixo. O elemento organizacional associado às alturas é a melodia. A melodia é definida como a sucessão de
alturas ao longo do tempo, mas estas alturas estão inevitavelmente sobrepostas
à duração e intensidade que caracterizam o ritmo e portanto essas duas
estruturas são indissociáveis. Outra metáfora visual que frequentemente é
utilizada é a da cor. Cada altura representaria uma cor diferente
sobre o desenho rítmico. Não é à toa que muitos termos utilizados na descrição
das alturas, escalas ou
melodias também são usados para as cores: tom,
tonalidade, cromatismo. Também não deve ser fruto do acaso o
fato de que tanto as cores como os sons são caracterizados por fenômenos
físicos semelhantes: as alturas são variações de frequências em ondas
sonoras (mecânicas). As cores são variações de frequência em ondas luminosas
(eletromagnéticas).
Assim como o ritmo, a melodia pode seguir estruturas definidas como escalas e
tonalidades (música tonal), que determinam a forma como a melodia estabelece
tensão e repouso em torno de um centro tonal. O compositor também pode optar
por criar melodias em que a tensão e o repouso não decorrem de relações hierárquicas
entre as notas (música atonal).
A terceira dimensão é a harmonia ou polifonia. Visualmente pode ser considerada como a
profundidade. Temporalmente é a execução simultânea de várias melodias que se
sobrepôem e se misturam para compor um som muito mais complexo (contraponto),
como se cada melodia fosse uma camada e a harmonia fosse a sobreposição de
todas essas camadas. A harmonia possui diversas possibilidades: uma melodia
principal com um acompanhamento que se limite a realçar sua progressão harmônica;
duas ou mais melodias independentes que se entrelaçam e se completam
harmonicamente; sons aleatórios que, nos momentos que se encontram formam
acordes; e outras tantas em que sons se encontram ao mesmo tempo. O termo
harmonia não é absoluto. Manipula o conjunto das melodias simultâneas de modo a
expressar a vontade do compositor.
As dissonâncias também fazem parte da harmonia tanto
quanto as consonâncias.
Adicionalmente, pode-se criar harmonias que obedeçam a duas ou mais tonalidades simultaneamente (politonalismo - usado
com frequência em composições de Villa-Lobos).
Cada som
tocado em uma música tem também seu timbre
característico. Definido da forma mais simples o timbre é a identidade sonora
de uma voz ou instrumento musical.
É o timbre que nos permite identificar se é um piano
ou uma flauta que está tocando, ou distinguir a voz de
dois cantores. Acontece que o timbre, por si só, é
também um conjunto de elementos sequenciais e simultâneos. Uma série infinita
de frequências sobrepostas que geram uma forma de onda composta pela frequência fundamental
e seu espectro sonoro,
formado por sobretons ou harmônicos. E o timbre também evolui temporalmente
em intensidade obedecendo a uma figura chamada envelope. É
como se o timbre reproduzisse em escala temporal muito reduzida o que as notas
produzem em maior escala e cada nota possuísse em seu próprio tecido
uma melodia, um ritmo e uma harmonia próprias.
Segundo o tipo de música, algumas dessas
dimensões podem predominar. Por exemplo, o ritmo bem marcado e fortemente
periódico tem a primazia na música tradicional
dos povos africanos. Na maior parte das culturas orientais, bem como na música tradicional e
popular do ocidente, é a melodia que representa o valor mais destacado. A
harmonia, por sua vez, é o ideal mais elevado da música erudita ocidental.
Estes elementos nem sempre são claramente
reconhecíveis. Onde estará o ritmo ou a melodia no som de uma serra elétrica
incluída em uma canção de rock industrial ou em uma composição eletroacústica? Mas se considerarmos
apenas o jogo dos sons e do tempo, a organização do sequencial e
do simultâneo e a seleção dos timbres, a música nestas composições será tão
reconhecível quanto a de uma cantata barroca.
GÊNEROS MUSICAIS
Assim como existem várias definições para
música, existem muitas divisões e agrupamentos da música em gêneros, estilos e
formas. Dividir a música em gêneros é uma tentativa de classificar cada
composição de acordo com critérios objetivos, que não são sempre fáceis de
definir.
Uma das divisões mais frequentes separa a
música em grandes grupos:
·
Música erudita - a música tradicionalmente
dita como "culta" e no geral, mais elaborada. Também é conhecida como
"música clássica", especificamente a composta até o Romantismo por ter sobrevivido ao tempo ao
longo dos séculos, no mesmo sentido em que se fala de "literatura
clássica". Pode ser dito também de música clássica, obras que são bem
familiares e conhecidas, ao ponto de serem assoviadas pelas pessoas, algo mais
popular assim como a literatura. Seus adeptos consideram que é feita para durar
muito tempo e resistir à moda e a tendências. Em
geral exige uma atitude contemplativa e uma audição concentrada. Alguns
consideram que seja uma forma de música superior a todas as outras e que seja a
real arte musical. Porém, deve também ser lembrado que mesmo os compositores
eruditos várias vezes utilizaram melodias folclóricas (determinada região) para
que em cima dela fossem compostas variações.
Alguns compositores chegaram até a apenas colocar melodias folclóricas como o
segundo sujeito de suas músicas (como Villa-Lobos
fez extensamente). Os gêneros eruditos são divididos sobretudo de acordo com o
períodos em que foram compostas ou pelas características predominantes.
·
Música popular - associada a movimentos
culturais populares. Conseguiu se consolidar apenas após a urbanização e industrialização
da sociedade e se tornou o tipo musical
icônico do século XX. Se apresenta atualmente como a música do dia-a-dia,
tocada em shows e festas, usada para dança e socialização. Segue tendências e modismos e muitas vezes é associada a
valores puramente comerciais, porém, ao longo do tempo,
incorporou diversas tendências vanguardistas e inclui estilos de grande
sofisticação. É um tipo musical frequentemente associado a elementos
extra-musicais, como textos (letra de canção), padrões de comportamento e
ideologias. É subdividida em incontáveis gêneros distintos, de acordo com a
instrumentação, características musicais predominantes e o comportamento do
grupo que a pratica ou ouve.
·
Música folclórica
ou música nacionalista - associada a fortes elementos culturais de cada grupo
social. Tem caráter predominantemente rural ou pré-urbano. Normalmente são
associadas a festas folclóricas ou rituais específicos. Pode ser funcional
(como canções de plantio e colheita ou a música das rendeiras e lavadeiras).
Normalmente é transmitida por imitação e costuma durar décadas ou séculos.
Incluem-se neste gênero as cantigas de roda e de ninar.
·
Música religiosa,
utilizada em liturgias, tais como missas
e funerais. Também pode ser usada para adoração e oração ou em diversas festividades
religiosas como o natal e a páscoa, entre outras. Cada religião possui
formas específicas de música religiosa, tais como a música sacra católica, o gospel das igrejas evangélicas,
a música judaica, os tambores do candomblé ou outros cultos africanos, o canto do muezim, no Islamismo entre outras.
As
apresentações musicais são cada vez mais realizadas pelo mundo, seja em datas
festivas, ou em compromissos de artistas. A música sempre foi uma atração,
desde a antiguidade.
Cada uma dessas divisões possui centenas
de subdivisões. Gêneros, subgêneros e estilos são usados numa tentativa de
classificar cada música. Em geral é possível estabelecer com um certo grau de
acerto o gênero de cada peça musical, mas como a música não é um fenômeno
estanque, cada músico é constantemente influenciado por outros gêneros. Isso
faz com que subgêneros e fusões sejam criados a cada dia. Por isso devemos
considerar a classificação musical como um método útil para o estudo e
comercialização, mas sempre insuficiente para conter cada forma específica de
produção. A divisão em gêneros também é contestada assim como as definições de
música porque cada composição ou execução pode se enquadrar em mais de um
gênero ou estilo e muitos consideram que esta é uma forma artificial de
classificação que não respeita a diversidade da música. Ainda assim, a
classificação em gêneros procura agrupar a música de acordo com características
em comum. Quando estas características se misturam, subgêneros ou estilos de
fusão são utilizados em um processo interminável.
Os estilos musicais ao entrar em contato
entre si produzem novos estilos e há uma miscigenação entre culturas para
produzir gêneros transnacionais. O blues e o jazz
dos Estados Unidos,[6] por exemplo, têm elementos vocais e
instrumentais das tradições anglo-irlandesas, escocesas, alemãs e
afro-americanas que só podem ser fruto da produção do "século
XX"(20).
Outra forma de encarar os gêneros é
considerá-los como parte de um conjunto mais abrangente de manifestações
culturais. Os gêneros são comumente determinados pela tradição e por suas
apresentações e não só pela música de fato. O Rock,
por exemplo, possui dezenas de subgêneros, cada um com características musicais
diferentes mas também pelas roupas, cabelos, ornamentação corporal e danças,
além de variações de comportamento do público e dos executantes. Assim, uma
canção de Elvis Presley,
um heavy metal ou uma canção punk,
embora sejam todas consideradas formas de rock, representam diversas culturas
musicais diferentes.
Também a música erudita, folclórica ou
religiosa possuem comportamentos e rituais associados. Ainda que o mais comum
seja compreender a música erudita como a acústica e intencionada para ser
tocada por indivíduos, muitos trabalhos que usam samples, gravações e ainda
sons mecânicos, não obstante, são descritas como eruditas, uma vez que atendam
aos princípios estéticos do erudito. Por outro lado, uma trecho de uma obra
erudita como os "Quadros de uma Exposição" de Mussorgsky tocado por Emerson, Lake and Palmer
se torna Rock progressivo
não só por que houve uma mudança de instrumentação, mas também porque há uma
outra atitude dos executantes e da plateia.
MÉTODOS DE COMPOSIÇÃO
Cada gênero define um conceito e um método
de composição, que passa pela definição de uma forma, uma instrumentação e
também um "processo" que pode criar sons
musicais. A gama de métodos é muito grande e vai desde a simples seleção de
sons naturais, passando pela composição tradicional que utiliza os sistemas de
escalas, tonalidades e notação musical e varia até a música aleatória em que
sons são escolhidos por programas de computador, obedecendo a algoritmos programados pelo compositor.
CRÍTICA MUSICAL
Crítica musical é uma prática utilizada, sobretudo pelos meios de
comunicação para comentar o valor estético de uma obra, intérprete ou conjunto
musical. Um texto crítico
frequentemente refere-se a um espetáculo ou álbum na época de seu lançamento. O assunto é
complexo e polêmico, pois, desde os tempos em que a sua prática era levada a
cabo por curiosos frequentadores da vida social e, consequentemente, dos
espetáculos musicais, nunca se tornou claro qual o seu objetivo principal, nem
mesmo quais os destinatários - o público, o artista ou ambos.
Ao longo do século XX, notou-se que, mesmo
sem finalidade ou utilidade aparente, a crítica musical passou a despertar
forte curiosidade nos que não frequentavam os espetáculos musicais e assim se
apropriavam dos pontos de vista emanados nas críticas. Com o estabelecimento do
comércio musical, os músicos e produtores musicais, em nome da captura das
plateias e dos compradores, passaram a manipular seu conteúdo com diversos
tipos de favorecimento aos críticos. Com a vulgarização desta prática, a
isenção da crítica passou a ser questionada. Ainda assim, ela consegue
influenciar o público e uma crítica em um veículo respeitado pode, dentro de
certos limites, promover o sucesso ou o fracasso dos artistas, álbuns e
espetáculos.
A indústria cultural
além de lançar tendências através de bandas pagas, agrupadas por redes de
comunicação, também faz uso da crítica para vender sua mercadoria com artigos
pagos, manipulação dos meios de comunição e a massificação de determinados
estilos musicais. A prática de comprar a execução de uma música em horários de
grande audiência é chamada no Brasil de "jabaculê" ou simplesmente
"jabá".
EDUCAÇÃO MUSICAL
Educação musical é o conjunto de práticas destinadas a transmitir
através da vivência musical a teoria e prática da música nas correntes gerações
e inclui:
·
Musicalização -
métodos destinados a iniciação ao estudante na prática musical. Há muitos
métodos de musicalização, e os mais conhecidos são: Dalcroze, Kodály e Orff.
·
Percepção auditiva
- treinamento da percepção rítmica, melódica (alturas e intervalos), e
polifônica (harmônica).
·
Teoria musical - ensino da teoria musical,
rítmica, escalas,
contraponto, harmonia e notação musical.
·
Prática
vocal - ensino e treinamento de técnicas vocais. Inclui o canto coral e o canto
orfeônico.
·
Prática
instrumental - ensino e treinamento de técnicas específicas de cada
instrumento de forma grupal e/ou individual.
·
Composição e Regência - Curso voltado para pessoas que
gostariam de ser compositores ou regentes, também um curso superior destinado à
formação de regentes.
ATUAÇÃO/PERFORMANCE
O cantor jamaicano Bob Marley durante uma apresentação em
Zurich (Suíça) em 1980.
A música só existe quando executada ou
reproduzida, por isso a atuação é seu aspecto mais importante. Enquanto não
executada a música é apenas potencial. É na execução que ela se torna um
existente. A atuação pode se estender da improvisação
de solos às bem organizadas apresentações repletas de rituais, como o moderno
concerto clássico, o concerto de rock ou festividades religiosas. O executante
é o músico, que pode ser um instrumentista ou cantor.
SOLOS E CONJUNTOS
A execução pode ser feita individualmente
e neste caso é chamada de solo, palavra que vem do italiano e significa
"sozinho". O extremo oposto é a execução em conjuntos vocais, instrumentais ou mistos.
Muitas culturas mantêm fortes tradições
nas atuações solo como, por exemplo, na música clássica indiana, enquanto que outras, como em Bali,
têm ênfase nas atuações de conjuntos. Mas o mais comum é uma uma mistura das
duas. Conjuntos podem ter solistas permanentes (como o vocalista ou guitarrista
principal da banda de rock) ou ocasionais (como o solista do concerto erudito).
A variedade de conjuntos existentes é
imensa e as combinações possíveis são ilimitadas. É comum classificar os grupos
pelo número de participantes: duos, trios, quartetos, quintetos, sexteto,
heptetos e octetos são os mais comuns. Grupos com mais de oito executantes são
classificados por sua função: coros, grupo de câmara, bandas, orquestras. Certos grupos têm um nome específico,
como o gamelão, conjunto instrumental típico da música de Bali. Outros podem
partilhar o nome com outros conjuntos e neste caso são identificados geralmente
pelo gênero: Orquestra sinfônica, orquestra de baile,
banda de blues, banda de jazz.
O EVENTO MUSICAL
A execução musical pode ocorrer em um
contexto íntimo ou mesmo solitário, mas é comum que ocorra dentro de um evento
ou espetáculo. Entre os eventos mais comuns estão as festas, concertos,[7] shows,
óperas, espetáculos de dança, entre outros. Cada evento tem características
próprias e normalmente obedece a um ritual específico. Eventos mais teatrais
como o concerto e a ópera exigem do público uma atitude contemplativa e
silenciosa enquanto que um show de rock ou uma roda de samba
presumem a participação ativa do público na forma do canto e dança.
FESTIVAIS DE MÚSICA
A cantora
britânica Amy Winehouse
em um festival musical na França em 2007
Além dos próprios shows e eventos feitos
por algumas bandas e grupos isolados, existem também os festivais de música,
onde são apresentados diversos grupos e artistas, na maioria das vezes com o
mesmo gênero, mas muitas vezes com gêneros diversos. Podem ocorrer uma única
vez ou periodicamente. Um dos festivais mais conhecidos foi o de Woodstock, tradicional festival de rock nos Estados Unidos. Alguns festivais como o Live 8 têm abrangência global, outros são
limitados à região em que ocorrem, como os brasileiros Chivas
Jazz Festival, São Paulo Mix Festival,
Abril Pro Rock e Festival Pré Amp e o português Super Bock Super Rock.
Em alguns casos, um evento planejado para ter abrangência local ganha
importância e é extrapolado para outras localidades, como o famoso Rock in Rio que após três edições no Rio de Janeiro passou a ter edições no exterior,
como a de 2004 em Lisboa
e as que aconteceram em 2006 e 2007 em Lisboa e Sydney.
Existem muitos festivais de música que
celebram gêneros particulares de música. Um dos melhores exemplos é o Festival
de Bayreuth que se dedica exclusivamente às operas de
Richard Wagner. Também podem ser considerados
festivais eventos que englobam outras manifestações, como o Carnaval do Brasil
ou o Mardi-Gras em Nova Orleans.
COMPOSIÇÃO AUDIOVISUAL
Composição audiovisual é um tipo específico de composição
musical que envolve recursos cênicos ou visuais, tais como a música para dança,
a ópera, videoclipe, a banda sonora (ou trilha sonora), entre outras.
BANDA SONORA
Chama-se Banda sonora ou trilha
sonora ao conjunto das peças musicais usadas num filme.
Pode incluir música original, criada de propósito para o filme, ou outras peças
musicais, canções e excertos de obras musicais anteriores ao filme.
ESTUDO DA MÚSICA
·
Acústica
PROFISSÕES DA MÚSICA
·
Músico
·
Cantor
·
Maestro
·
DJ
·
Edição: mixagem e masterização
·
Luthier
·
Teorista